segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quero morrer


Quero morrer no lago das minhas lágrimas
Levar comigo os sonhos e quimeras,
No cristal da lágrima corrente
Embebedar-me tão simplesmente.
A dor amaina de propósito
Para que a partida seja perfeita
Submersa nos devaneios
Morro eu e os anseios.
Adeus de mim, adeus para ti,
Que foste FANTASIA em horas lindas
Nunca te tive mesmo querendo-te,
Por ti encho o lago, com lágrimas findas.

domingo, 27 de setembro de 2009

SOU


SOU

Sou corrente á deriva num rio sem foz
Sou lágrima caída numa vida ausente
Sou corda de âncora sem noz.
Sou vento que sopra as folhas de Outono
Brisa que suaviza a dor que martiriza
Paisagem sem dono.
Guerreira de velhas batalhas, em lutas desiguais
Promessas compridas ate não puder mais.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

SER



SER
Este ser inacabado, que almeja com sofreguidão
Entregar-se sem pudores, ao encanto da ilusão.
Esta mente ansiosa, louca, demente
Sonha com quimeras, Invernos, Primaveras
Dias de sol ou tempestade,
Sim…
Momentos para sentir saudade.
Vento que chega com sabor a tempero apimentado
Pele na areia, corpo salgado
Dia de sol ou nublado.
Sim…
Aquele beijo louco e quente que incendeia o corpo molhado
O abraço envolvente
As estrelas como telhado.
Areias que se colam sem pedir licença
Invadindo recantos, os mais secretos
Acompanham o ritmo da paixão
Decifrando línguas em vários dialectos.
Sim…
Este ser inacabado, que almeja apenas emoção
Entrega-se ao devaneio para matar a solidão.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

MOMENTOS


MOMENTOS

Ao som da agua que bate na roxa
Escrevo o teu nome na areia,
Suspiro de mansinho
Ao relembrar o que a minha fantasia anseia.
Ao longe, em uníssono
Interrompem o meu pensar
Vozes…vozes e mais vozes
Que regressam devagar.
A água bate em mim
Como que me chamando á atenção
Que os sonhos são miragens
Não se chega lá com a mão.
Olhando as pedras duras
Perfeitas mas em desalinho
Penso com ternura
Não me sinto sozinha.
Esta vida feita de momentos
Sempre cheia e preenchida
Com encantos e desencantos
Tudo faz parte da vida.
E ao som das gaivotas apago o teu nome
Vou guarda-lo para mim
Com um carinho sem fim…

domingo, 20 de setembro de 2009

As sombras da fantasia




Afinal as sombras que eu vejo
São o reflexo da minha imaginação.
Os versos que escrevo
São forma de alimentar o coração.
Os livros são companheiros
As canetas cúmplices e presentes
Em rabiscos desalinhados, muitos deles guardados
A sete chaves trancados.
Nesta vida nem sempre justa
entre o viver e o sentir
ficamos enclausurados
não podemos repartir.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

DESTINO....



Nas asas de um condor, vagueio por terra desconhecida
Percorro montes e vales, não consigo encontrar saída.

Espreito com sensatez, num sonho desconhecido
Procuro com avidez um paraíso perdido.

Percorrendo o mal e o bem, não há nesga para penetrar
Nesta terra de ninguém, nesta vida que tento espreitar.

Estrelas do horizonte que brilham só para quem as vê
Nuvens que se aproximam, o enigma mantêm-se e a pergunta: porquê?

Se o sol nasce e o dia vem, o destino assim quis
Neste sopro que sustem, esta vida por um triz.

Se me perguntarem, não sei, porque regressam de quando em vez
Aquelas que atormentam, sem autorização…com altivez.

São como cristais que brilham, as minhas pedras preciosas
Lapidadas com perfeição, nas noites mais assombrosas.

domingo, 6 de setembro de 2009

DUAS FACES DA MESMA MOEDA

Procurei percorrer o caminho dos sonhos
Bebendo longos tragos de champanhe
Como é louco o mundo da ilusão!
Divinal, quando alguém nos segue e acompanha.
Os meus sonhos aqui centrados…que loucura!
Pois a vida agora, não é rubro inferno
Duas taças, uma garrafa…a surpresa.
É quente esta noite em pleno inverno
O preto… amplia a fantasia
Dum sonho sonhado a dois
Entre graças, risos…a utopia
Um desejo louco, verdadeiro…guardado para depois.
São sonhos…apenas sonhos
Disse-me o destino a chorar
Nesta vida de correrias, vai andando
Porque esses sonhos não se vão realizar.
Desafiando o destino…comprei um perfume novo
Para a cena recriar…sim
Fiquei com o champanhe, as taças
Vesti o preto…porque é bom sonhar.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

TARDE...TÃO TARDE.


Quando cheguei finalmente, e te encontrei
Numa noite fria com um mágico luar
Ouvi o som da tua voz, sem te conhecer
Num silêncio que embala o verbo escutar.
Encontrei-te, finalmente! Magia de encantar!
Percebi num minuto, o que iria acontecer:
Sobre a lua que ilumina
As estrelas apadrinham, este belo envolver!
Beijei os astros…Que loucura
Numa procura em vão, velhos tormentos,
Pés descalços, olhos vendados
Em ramos de rosas, Sentimentos!
E há dezenas de anos eu era jovem!
E em desespero pergunto ainda:
Se eu fiz tudo para te encontrar
Porquê só agora, nesta vida finda?
Tarde…tão tarde!. Finalmente encontrei-te…
Então choro amargamente, esta lágrima envolvente
Por não te ter encontrado…Velho castigo
E nesta busca teres estado sempre presente.
Inútil…Alegria feita de tormentos
São como flores lançadas ao vento…
E a vida é uma busca…tortura
Para os poetas um alento ou sofrimento.

14 de abril

Mudou.... Foi fim de semana, mas ainda assim não  sosseguei. A partida sem despedida, o trivial na conversa , nada de partilha. Não  estou h...