terça-feira, 26 de agosto de 2008

SÓ DEPOIS TALVEZ.......


A minha voz diz:
Grita perdidamente
Já não sei quem sou
Não sou parecida com gente
-Talvez seja.....
Um sonho que passou,
Uma insónia doente,
Ou, alguém que muito amou
Sou dor perdida
No labirinto da vida
Sou coração doente 
Que tenta seguir em frente.
Gosto da preta noite
Tão imensa e triste
Vejo-me abandonada
Para mim nada existe
Sinto que não valho
O chão que me suporta
Mas...encho-me de orgulho
Pois valerei depois de morta
Aí, terei tudo.....
Flores...Lagrimas....Saudades....
Parto, mas sei que fico
Deixo as minhas realidades.

LÁGRIMAS

Meu lago triste,
Tu te encheste....
Meu amor fez-te transbordar
Lágrimas.....
Mil caminhos percorres-te
Tudo, porque não soube amar
Hoje, longe, tão longe
Do velho ritmo da paixão
Vejo no espelho
Do meu lago a tua mão.
Languidos os abraços
Vistos á distancia
Sabor de apaixonados
Regresso de infância.
Tempos de amores
Ventos, tempestades
Sorrisos e lágrimas
Desgostos, saudades.
Lágrima cristalina
Pureza infinita
Longa a corrente 
De uma vida bonita.
Julgava que era, sem ser
Sombra da água corrente
Vagueava perdida na vida
Seguindo o coração carente.
 

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

INCOMPLETO

Todo o turbilhão que revolta o pensamento
Não transpõem a muralha
Nela, não existe falha
Tudo fica lá dentro
É a vontade peregrina
De querer sem saber o quê
Tudo é nostalgia
Nele se finge alegria
Em tudo e nada crê
Sem definições perfeitas
Este ser inacabado
Ás voltas com as revoltas
Sem terminar o que havia começado
A muralha feita de rocha
Com grumos á superfície
Transpõem-se.......
Fere-se....
Chora-se....
Já quase a sangrar
Duma dor vinda do nada
A lágrima cai face abaixo
Sem quebrar a muralha
 

domingo, 24 de agosto de 2008

CHUVA

Ouço a chuva
A bater na calçada
Sinto-me calma
Como se estivesse anestesiada
O som embala-me
Transporta o meu pensamento
Na noite as estrelas desaparecem
E diz-me o vento
Voa...liberta o que te retrai
Acredita.....
Com a chuva a dor também  se vai.
 

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Angustias

Elaboradas com finura
Angustias que consomem
Provocam dor....
Picam como esfinges de vidro
Tormentos....pesadelos existentes
mágoa que sangra
Um sangue pouco vivo
Alma já desfeita
Dum querer sem ter 
Dum ser sem norte
Rumo perdido
Vida desfeita
Que só já procura a morte
Será sina talvez....
Será fuga, sei lá....
Só sei que assim não é
Mas é de todo má.
 

Confidente

Ó noite preta e bela
Cheia de encantos e sobressaltos
Conselheira das tristezas
Dona dos sonhos mais altos
Negra como a dor
Com estrelas a cintilar
Luz que nos guia
Numa noite de luar
Companheira dos poetas
Amiga dos namorados
Amante da tristeza
Dos sonhos bem guardados
Longa, fria e sincera
No Inverno é assim
Pequena,curta, honesta
No verão sempre sem fim.
 

Procura

Ontem...
Era eu, aquela que te queria
Hoje...
Tudo mudou
Passou mais um dia
Noto tudo tão diferente
Com o passar da noite escura
Ontem...
Tinha tempo para voar
Era tempo de amar
Hoje...
Perdida, não sei por onde passar
Continuo a procurar
À espera do luar
Tu...Fantasma
Não deixas a lua vir
Afasta-te
Preciso sorrir.
 

14 de abril

Mudou.... Foi fim de semana, mas ainda assim não  sosseguei. A partida sem despedida, o trivial na conversa , nada de partilha. Não  estou h...