quinta-feira, 7 de março de 2024

A vontade de acabar com tudo está  cá,  um clikk uma qualquer desavença  pode levar a melhor.  Venho trabalhado esta angústia,  mas essa sempre vence por detrás  de uma gargalhada, de um sorriso ou uma conversa calma. ..essa chama se dissimulação,  ela vai vencer, vai levar me para la....eu vou, estou perto de ir. Ando a arrumar gavetas e depois não  terei mais nada com que me preocupar, sigo em paz, la envontro A.

quarta-feira, 6 de março de 2024

Recaida

Voltei aos comprimidos,  a dor é  insuportável,  não  consigo respirar. Doi me não  conseguir fazer nada .
A noite ja desbrava o seu caminho e com ela trás  muita  revolta. Só  quero dormir.

terça-feira, 5 de março de 2024

Escravos da bagagem

Faço  parte dos que levam passado para o futuro. 
Há  bagagens tramadas, algumas compensam, embora nem sempre seja facil de lidar. Estranhamente é  o " tema  outro" que mais me atira para angústia  profunda e me leva a querer uma página em branco na trama da vida. Linhas retas com transversais completamente lisas, sem pontos finais e muitas reticências. 
As bagagens são  tramadas, sobrepõem se em qualquer momento leve, em qualquer dia de paz, a sombra vem e desejamos apenas nao ser donos ou proximos delas.
Luto para que os meus vivam sem bagagens  negras, mas a vida é  tramada e eu não  consigo....

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Assim sou eu

Sou como você me vê:
As vezes tempestade,
As vezes brisa e calmaria;
Um livro que não se lê.
Um barco perdido,
Levado pela correnteza.
As vezes atracado,
As vezes à deriva.
Sou um certo verso instável
De um poema mal acabado,
Com tempero obrigatório.
Um resíduo inexplicável
Deste mundo ilusório.
Sou um grão na imensidão;
Sou semente germinada
E não fui plantada em vão.
E, como a grande maioria,
Sinto na pele a agonia 
Moldando minhas faces.
Sou a que fica indignada,
A que olha de  lado 
Aquilo que não agrada;
A que sofre e chega às lágrimas,
A que se fecha, 
Enigmática...
Sou como muitos
E, mesmo assim,
Sou única 
Em mim.

Maria Clara

Nao espero

- Estás à espera de quem?
- Já não espero ninguém! 
Estou só a usufruir a brisa passar...
- Não tens família?
- Tenho! Deixei de esperá-los...
- Estão zangados?
- Não! Estamos resolvidos, de bem...
Com a vida!
- Como assim?
- Aprendi com os anos de caminho que 
não devemos esperar ninguém!
- Mas...Uma mãe deve esperar sempre os seus filhos...
- Por muitos anos achei que sim...
Depois aprendi que só esperámos na ilusão 
de posse...
No dia em que entendemos que ninguém pertence a ninguém, que até os filhos são 
do Universo...
Passámos a Ser livres para receber, sejam os filhos ou tudo o que a vida nos reserva!
- E quando os filhos não chegam?
- Quem nada, nem ninguém espera, tudo é só vida a acontecer...
- É difícil de entender!
- Eu sei. Fomos iludidos a sentir amor como apego, quando a verdade é que o autêntico Amor é saber desapegar, Amor é liberdade para amar sem prender, para amar permitido ao outro voar!
- E não sentes solidão?
- Ela não existe para quem resgatou para si o direito de também continuar a voar...
E hoje, mesmo de forma diferente, aceito e ajusto e continuo a permitir-me ao meu voo!
- E quando não conseguires?
- Eu acredito que quem se permite a Ser livre, a morte chegará leve, quando o meu corpo físico deixar de poder voar, partirei de regresso a casa!
E sabes...
Acredito também que esse é o propósito da vida, nunca deixar de voar,
Para em Alma voo para Sempre Ser!
Até lá...
Vou continuar a usufruir simplesmente a brisa passar...

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Maria

MARIA (CHEIA DE GRAÇA)

Maria sabe que não é bonita, , mas tem graça, que é por vezes estranha,
Duma forma que nem sempre se entranha, por ser do contra e ter coragem,
por ser diferente, por se reinventar, sem se adaptar,  todos os dias sem excepção,
nas regras que ela própria faz, que ela própria inventa e segue,
em tudo o que o seu coração lhe diz que deve ser feito e ela faz,
Maria vive num mundo à parte, com todas as cores com que ela o pinta,
Um mundo menos sofrido, mais alegre, onde o amor existe e é verdadeiro,
Como um arco íris de esperança, de fé, de sonhos que nela nunca ganham pó,
E no canto do olhar tem um brilho, de braço dado com um sorriso imenso,
um não sei quê que causa a quem a vê um misto de embaraço, capaz de viciar,
Que desperta a inspiração e alimenta a vontade de querer sempre mais e mais,
Porque Maria é genuína, é desejo, vida que apetece viver e descobrir,
Porque Maria foi em tempos esculpida no mármore da intensidade, 
no desapego às normas nas mãos de um artista ébrio, porque Maria é luz,
num universo a preto e branco, de sombras despidas de corpo e sorrisos fingidos,
convenientes, transviados, envergonhados de quem quer e não sabe.
Maria não tem vergonha, é transparente, contagiante, provocante
 e até maliciosa no gosto de fazer corar essa gente adormecida de tanta sensatez,  
E mesmo sem ser bonita, tem Maria a graça que mais nenhuma outra tem.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Silencios Silêncios e palavras... Um provérbio chinês diz que "a palavra é prata e o silêncio ouro". É, sem dúvida, uma grande verdade embora hajam palavras que precisam de ser ditas, tal como o silêncio deve ser ouvido..."Não diga as coisas com pressa. Mais vale um silêncio certo que uma palavra errada. Demore naquilo que precisa dizer. Livre-se da pressa de querer dar ordens ao mundo. É mais fácil arrependermo-nos de uma palavra que de um silêncio. Palavra errada, na hora errada, pode se transformar em ferida naquele que disse, e também naquele que ouviu. Em muitos momentos da vida o silêncio é a resposta mais sábia que podemos dar a alguém. Por isso, prepare bem a palavra que será dita. Palavras apressadas não combinam com sabedoria. Os sábios preferem o silêncio. E nos seus poucos dizeres está condensada uma fonte inesgotável de sabedoria. Não caia na tentação do discurso banal, da explicação simplória. Queira a profundidade da fala que nos pede calma. Calma para dizer, calma para ouvir. Hoje, neste tempo de palavras muitas, queiramos a beleza dos silêncios poucos."(Padre Fábio de Melo)Mas quando um silêncio aparenta não ter explicação, como se explica? Qual a razão para calar as palavras, se só agora começam a ser proferidas? Porquê interromper um silêncio partilhado com um silêncio distante?...Palavras há que têm um sabor especial quando são ditas num longo silêncio, seja através de um olhar ou de um simples toque...Silêncios há, que por mais que sejam ouvidos, deviam ressoar com inúmeras prosas e poesias...O silêncio é melhor falado quando não se sabe o que falar...Por essa razão gosto do silêncio, mas quando não encontro o seu significado no outro, simplesmente não o entendo...Quando nele procuro refúgio, pretendo ouvir o meu próprio silêncio, para que assim as respostas que preciso saber ecoem bem alto dentro de mim...Nem sempre as consigo ouvir completamente, mas o que fica permite-me voltar a falar...

A vontade de acabar com tudo está  cá,  um clikk uma qualquer desavença  pode levar a melhor.  Venho trabalhado esta angústia,  mas essa sem...