sábado, 15 de fevereiro de 2014

Sinais

Como posso ver sem te sonhar, como posso esquecer sem te ter…?Perguntas, reticencias, sinais sem sentido neste sentido da vida. Ouso desobedecer á vontade, vislumbro luz…eu sei que é ofusca e o brilho desapareceu. Não quero, não pretendo contrariar a razão, porque a verdade diz não. Sou o ser que não aparece, que não deixa marcas nem vontades, sou noite que não amanhece nem nas tempestades, nem em realidades.
Escondi-me de mim, não quero ver quem sou, porque me envergonho…entristeço…sou o ser que me magoou. Lagrimas deslizam em desalinho num compasso sem retorno alinhado, marcam páginas do meu pergaminho em ânforas bem guardado.
Como posso ver sem te sonhar, mato o sonho, risco vontades, escrevo silêncios, aceito realidades? Diz-me tu como faço….Tranco o ar, abro torneiras, fecho a estrada, arranjo fronteiras?
Sinais…
Apenas sinais num simples e velho vidro, não em belos vitrais. Transparência límpida de uma realidade apenas, um reflexo presente duma saudade persistente e de uma vontade ausente.    

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Estou cansada....


Estou cansada… tão cansada, não sei se de viver de trabalhar, pensar ou sofrer.

Sinto-me vazia, os ecos do desejo,  já não os ouço, perdi essa capacidade. A vontade de subir montanhas e gritar bem alto para ouvir o retorno desmoronou-se. A magia das cores do acordar perderam os tons, e o anseio de gotas de água límpidas transformou-se em líquido barrento. Meu Deus! Não quero morrer comigo, não vislumbro vida num sinal singelo, mas não quero morrer sem dizer adeus. Partir sem deixar saudades, partir sem que, uma única linha se identifique comigo. Não. Não tenho tempo. O Tempo foge-me por entre os dedos, as palavras límpidas e lucidas não correspondem á vontade dos outros.(….) E eu quero que os outros gostem. Eu não sou ninguém. Ser sem razão, energúmeno sem princípios, sem vontades sem sonhos. Sim, porque os sonhos morrem quando não os alimentamos e eu sou uma pedinte. Ser singular, irregular, sem vontade própria, porque só uma importa….ser feliz. Incompetente, incapaz e ridícula. Nem isso consegui.

Estou tão cansada da solidão, da falta de um sim ou de um não. Cansada de me amparar, porque nunca tive esse privilégio, ser amparada, ouvida, apoiada. Reconheço a minha culpa. A minha independência foi paga a preço de diamante. Desvalorizou, não vale nada. Não valho nada.       

14 de abril

Mudou.... Foi fim de semana, mas ainda assim não  sosseguei. A partida sem despedida, o trivial na conversa , nada de partilha. Não  estou h...