sábado, 31 de janeiro de 2009

Pegadas na areia



Tinha por hábito passear á beira-mar, conversava com as andorinhas,
Contava as dunas e as roxas que por ali havia.
Sonhava com o som do mar,
Enternecida, fechava os olhos e enquanto caminhava revia a vida….
O riso contagiante, as flores a florir, num pequeno canteiro duma bela vida.
Tudo isto na companhia de alguém que me acompanhava.
Todos os dias dava conta que não estava sozinha,
Virava-me para traz e via dois pares de pegadas.
Era bom saber que não estava só…
Era divertido partilhar tudo o que de bom me tinha acontecido.
Aqueles meus encontros secretos eram para mim um conforto.
Saber que tinha a companhia do dono daquelas pegadas era reconfortante.
Um dia, as coisas correram-me mal, o céu desabou-me em cima,
Mas, eu fui dar o meu passeio como era habitual.
Chorei…pensei…
Quando dei por mim tinha andado uma grande distancia,
Olhei para traz e qual não foi o meu espanto…eu estava sozinha.
Vi apenas duas pegadas na areia.
Pensei…estou sozinha,
Num sentimento de revolta gritei…
Porquê meu DEUS?
Quando estou feliz acompanhas-me, agora estou tão triste
E tu deixas-me caminhar sozinha,
Só consigo ver duas pegadas na areia…
-DEUS respondeu-me:
Não te sintas só, porque as pegadas são minhas,
EU é que te levo ao colo...

14 de abril

Mudou.... Foi fim de semana, mas ainda assim não  sosseguei. A partida sem despedida, o trivial na conversa , nada de partilha. Não  estou h...