sábado, 29 de agosto de 2009

Roseira Brava


Eu sou silvestre ou roseira brava…Que germinou no bardo de um silvado
Rompi por entre espinhos…Num dia de céu nublado.
Porque a dor contagia tudo em redor…Fere calma e lentamente
A esperança de uma flor…O coração mais resiliente.
Suspiro para aliviar a alma…Da dor que em mim provoco
Espinhos são tormentos…desejo…Das lágrimas que em mim sufoco.
Ai de mim que não sei viver…Agarrada por entre espinhos
Contemplando a beleza desta natureza…
Histórias vou escrevendo…Velhos pergaminhos.
De utopias…fantasias… em dias de sol ou noites frias
Voam com o vento…Com elas o sofrimento
E regressam novos dias.
Nas pétalas das minhas flores…Encontro a harmonia desejada
Ou fantasiada…
No aroma o alento…Fecho os olhos um momento
Embalo a dor…Espanto o sofrimento.
O grito que solto…Sem querer, talvez
Faz eco, atravessa montanhas
Mistura-se com o zumbir do vento
Provoca as notas mais estranhas.
Numa melodia que embala…encanta
Encontro o ombro amigo…desejado
Partilhar é dividir e assim subtrair
Um destino já traçado.
Nestes bardos da vida…Em que germina o sofredor
É constante a despedida…Nesta vida repartida
Entre as silvas e uma flor.
Escrevo duas linhas…Rabisco um roseiral
Guardo-as…são só minhas
Encontro-me nas entrelinhas, sobre um luar celestial.

A vida

Aos poucos as rotinas mudam, o telefone fica em silêncio.  Horas e horas a fio à  espera que uma voz diga 'olá '. Perde se o tempo e...