terça-feira, 31 de março de 2009

UMA TELA

Quando a saudade aparece
E não consegues lidar com ela
Pega numa caneta, num papel
Talvez num pincel, pinta uma tela
Vive a lembrança se é feliz
Esbate-a se for amarga
Mas se a pintares, pesa menos como carga
Lembranças como esfinges
Perfeitas mas perigosas
Tempero que não amarga
Tão diferentes, tão gustosas
Saudades do não vivido
Ou da vida que já lá vai
De uma juventude cheia
Da memoria nunca sai
Pinta um abstracto
Talvez dê para decifrar
Avida completa de quem nunca deixou de sonhar

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