segunda-feira, 16 de março de 2009


Nas asas de um condor
Vagueio por terra desconhecida
Por entre montes e vales
Não consigo encontrar saída
Espreito com sensatez
Num sonho desconhecido
Procuro com avidez
O encanto num paraíso perdido
Espreitando o mal e o bem
Não há nesga para penetrar
Nesta terra de ninguém
Com este olhar que tento espreitar
Estrelas no horizonte
Que brilham só para quem as vê
Nuvens que se aproximam
O enigma mantêm-se e a pergunta: porquê?
Se o sol nasce e o dia vem
O destino assim quis
Neste sopro que sustem 
Esta vida por um triz
Se me perguntarem, não sei
Porque regressam de quando em vez
Aquelas que me atormentam
Sem autorização…Com altivez
Se é normal, eu não sei
Ou talvez a diferença esteja aqui
Nas incertezas das certezas
Desta vida que escolhi
Tudo coaduna, tudo é perfeito
Neste quadro com lugar marcado
Por isso o sufoco da perfeição
Para quem não gosta do alinhado
O gosto pela insensatez
O tempero do risco
As perguntas, os porquês
Da vida varrida como um cisco.

A vida

Aos poucos as rotinas mudam, o telefone fica em silêncio.  Horas e horas a fio à  espera que uma voz diga 'olá '. Perde se o tempo e...