quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Estou cansada....


Estou cansada… tão cansada, não sei se de viver de trabalhar, pensar ou sofrer.

Sinto-me vazia, os ecos do desejo,  já não os ouço, perdi essa capacidade. A vontade de subir montanhas e gritar bem alto para ouvir o retorno desmoronou-se. A magia das cores do acordar perderam os tons, e o anseio de gotas de água límpidas transformou-se em líquido barrento. Meu Deus! Não quero morrer comigo, não vislumbro vida num sinal singelo, mas não quero morrer sem dizer adeus. Partir sem deixar saudades, partir sem que, uma única linha se identifique comigo. Não. Não tenho tempo. O Tempo foge-me por entre os dedos, as palavras límpidas e lucidas não correspondem á vontade dos outros.(….) E eu quero que os outros gostem. Eu não sou ninguém. Ser sem razão, energúmeno sem princípios, sem vontades sem sonhos. Sim, porque os sonhos morrem quando não os alimentamos e eu sou uma pedinte. Ser singular, irregular, sem vontade própria, porque só uma importa….ser feliz. Incompetente, incapaz e ridícula. Nem isso consegui.

Estou tão cansada da solidão, da falta de um sim ou de um não. Cansada de me amparar, porque nunca tive esse privilégio, ser amparada, ouvida, apoiada. Reconheço a minha culpa. A minha independência foi paga a preço de diamante. Desvalorizou, não vale nada. Não valho nada.       

14 de abril

Mudou.... Foi fim de semana, mas ainda assim não  sosseguei. A partida sem despedida, o trivial na conversa , nada de partilha. Não  estou h...