sexta-feira, 4 de outubro de 2024
Escrito em 2013
Qual é o limite ente a loucura e a sanidade mental, pergunto-me com frequência. A existência da nossa vida trama-nos, coloca-nos em labirintos em que o retorno é quase uma tarefa impossível. Por vezes tenho dias que coagi-to a minha própria existência, em que o meu viver não faz sentido, em que o som da minha voz já não entoa, porque se perde na falta de capacidade de resiliência. Sou tudo e sou nada. Sou sonho intemporal, que se perda na realidade da vida. Sou mãe, filha, esposa, mas nada faz sentido, o meu desígnio não é comprido, a minha vontade não passa de utopia. As minhas ideias e Ideais não passam de loucuras aos olhos dos outros, e os meus medos assolam-me. Não quero este sentir, não quero este viver, mas é tarde, tão tarde, e eu não tenho força. Os sonhos perdem-se, as ideias desvanecem e o meu eu deixou de existir em toca de um mundo perfeito. Já não ganho batalhas, as guerras já não são um fim, simplesmente um acomodar. Vivo. Vivo uma vida que não sonhei, porque os meus ideais perdi-os. As minhas vontades não são prioridades, os meus sonhos vão sendo apagados. Já não tenho capacidade. Já não sei quem sou, nem sequer porque vivo. A ideia dita cobarde por alguns, voltou, e vai me acompanhando cada vez que me sinto mais inútil e imprestável…. Há uma linha que separa a loucura da sanidade mental, mas não a consigo ver……sinal que estou louca.
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