sábado, 3 de maio de 2025

Trancoso

Trancoso…Cidade de sonhos, encantos e utopias….

Viagens por tempos já passados, transportam-nos a uma grandeza imaginária, que se foi perdendo no tempo. Lendas, histórias e património, são um pouco do muito, mas que se foram diluindo numa realidade atual e presente.
“O sonho comanda a vida”, comanda os homens, os visionários.
Trancoso…perdido no encanto Beirão, o património fala da sua grandeza. Os casamentos, os personagens, as batalhas e tudo que nos alimenta o imaginário, dilui-se.
O tempo do canto prometido perdeu-se, por entre ruinas de ideias básicas e desajustadas, de mãos dadas com telhas a cair de edifícios lendários nesta terra tão nossa.
Trancoso…Óh Trancoso, onde se perdeu o teu sonho? Algures no clientelismo, no voto fácil, no sonho prometido…(…)
Assim parado no tempo, não deste voz aos guerreiros de outrora, não vences-te batalhas, não sonhas-te sequer andar…estagnas-te…feriste ilusões…não encontras-te a transversal que te leva a autoestrada da atualidade.
Trancoso…quero-te forte e imponente, tal como as muralhas que te revestem. Pronto para grandes batalhas, porque só contigo o futuro será risonho. Precisas de sangue novo a circular pelas entranhas, ideias visionárias para poderes reluzir ao longe e o teu brilho ter mais encanto…Aquele brilho que atrai, que chama, que consegue impulsionar e convencer até os mais resistentes.
Trancoso tu tens tudo. Tens passado, tens história, tens um clima maravilhoso, tens pessoas de singularidade única, sabes acolher, sabes dar e repartir.
A capacidade de resiliência é virtude dos fortes, tu és assim Trancoso.
Valoriza os artistas, deixa os sonhadores vencerem, os empreendedores apostarem. Acredita e acolhe a juventude. Aposta na terra, semeia esperança nos agricultores. Desenvolve parcerias claras que deia fruto. Aposta no real, mantém a janela aberta para ideias lúcidas e claras. Abandona estratégias e projetos megalómanas e dúbios e deixa os canteiros florirem.
Trancoso…alimenta-te de ideais, transporta-nos para correntes de ilusão. Move montanhas, solta amarras e edifica-te nos alicerces sólidos da tua história.
És Trancoso…Terra de guerreiros…És alma e temperamento…És cereal…És fermento.
És frio, belo, um robusto apreciado, mais que um quadro a óleo pintado, és perfeito o inverso do não sonhado.

 Ousa sonhar Trancoso…
(2013, mas sempre atual)

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Maio

Chegou maio, o maio das maias, das flores amarelas do campo, o maio dos terços, da Fé  e dos peregrinos. 
Chegou maio, as festas ao Sr. da Pedra, as cruzinhas e a esperança  renova se.
Maio do trabalhador,  dos que não  fazem nada e dos que querem viver e ser felizes.
 Chegou maio, o mês  do feriado municipal, das caminhadas e das lutas que não  venci.
Chegou maio, maio das rosas, da mãe, da Sra.de Fátima, dos pastorinhos, maio do  1, do 13 do 14  do 23 e do adeus...maio, este mês  que mudou a minha vida.
Foi em maio que reaprendi a viver, a superar, a gritar e a calar....
Foi em maio,  que numa madrugada tudo mudou. ..
Não  era para ser assim maio,  ninguém  nos devia roubar o chão, mas este maio roubou me, fez de mim órfã...
Foi num maio,que as estrelas ganharam mais brilho, as pombas  se fizerem paz, num acreditar sem fim...
Foi o maio da primavera, da esperança  e da revolta que marcou uma linha, aquela que marcará  sempre um antes e um depois...
Maio chegou com tudo que levou e continua a levar....
Até  sempre

domingo, 27 de abril de 2025

Doi, sempre que a noite cai

Sempre que a noite cai, o cansaço me doi até a propria Alma , pergunto a mim mesma se sou coerente, se sou capaz de ser o que me propus ser. Não, Não sou e isso doi me, mata me devagarinho e finjo que não vejo. O que fiz para facilitar a propria vida ? Tabalho, trabalho e trabalho, talvez assim não pareça tão inutil, tão incapaz, tão sem propósitos alcancados. Doi me a Alma, doi me o desassossego, dói-me tantas vezes a cabeça e a ignorancia de quem pouco sabe, de quem se limita a calar para não errar, a fugir para não perceber.
De que forma toco a vida alheira?
Não interessa, tambem ninguém se interessa comigo. Vida cheia de coisa nenhuma. Dum desmoronar sem licença, de um partir ser regresso.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Chove

Chove calma e lentamente
Leva mágoas, angustias e solidão 
Liberta me para sempre
Acalma meu coração 

Preciso ter paz 
Nesta vida finda
Procuro a calma
A dor não  é  bem vinda.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Apenas eu

As vezes preciso dos meus silêncios!
Sair do mundo,
Ficar comigo,
Somente comigo!
As vezes preciso, apenas de mim!
Somente de mim,
De me priorizar,
Ficar num cantinho qualquer..
Apenas silenciar.
As vezes preciso apenas de..
Costurar num tecido leve,
Retalhos de momentos,
Ou emoções que nem sempre sei descrever. 
As vezes sinto que não sou do mundo,
O mundo é que insiste em ser meu...Mas eu não lhe pertenço!
Só vou costurando os retalhos da vida,
Em tecidos de suavidade,
Compondo bordados que vou tentando colorir com linhas de pensamentos, de cores degrade.
Porque as cores da minha alma,
Mudam a cada momento!
As vezes só preciso que não precisem de mim.
As vezes só queria... Que o mundo silenciasse!
Abrandasse!
Mas como não é assim..
Abrando eu..
Costurando,
Num recanto qualquer,
Retalhos!
Retalhos de momentos,
Ideias, emoções e pensamentos,
Que um dia talvez,
Sem nenhuma pretensão,
Eu possa ter uma colcha, 
De um degrade perfeito, 
Onde eu seja apenas essência, 
Duma costura perfeita, 
Sem remates, pontas soltas, 
Sentada num canto qualquer, 
A contemplar a imensidão. 
✨🌹✨🌹

quinta-feira, 27 de março de 2025

Silvestre

Por entre serras e um beiral
Descubro a magia do amanhecer
Por entre cantos de passarinhos
Revelam se as cores magicas do entardecer.

Momentos


 Ao som da agua que bate na rocha
 Escrevo o teu nome na areia,
 Suspiro de mansinho
 Ao relembrar o que a minha fantasia anseia.
 Ao longe, em uníssono
 Interrompem o meu pensar
 Vozes…vozes e mais vozes
 Que regressam devagar.
 A água bate em mim
 Como que me chamando á atenção
 Que os sonhos são miragens
 Não se chega lá com a mão.
 Olhando as pedras duras
 Perfeitas mas em desalinho
 Penso com ternura
 Não me sinto sozinha.
 Esta vida feita de momentos
 Sempre cheia e preenchida
 Com encantos e desencantos
 Tudo faz parte da vida.
 E ao som das gaivotas apago o teu nome
 Vou guarda-lo para mim
 Com um carinho sem fim…
m.c.c.

Trancoso

Trancoso…Cidade de sonhos, encantos e utopias…. Viagens por tempos já passados, transportam-nos a uma grandeza imaginária, que se foi perden...