segunda-feira, 3 de março de 2025

A minha Fé

A minha Fé……
 Rodeada de um vasto número de crenças, dou comigo a pensar qual será a melhor forma de agir em situações e momentos complicados. Tenho por hábito ser eu mesma, opinar de acordo com a minha consciência, com a minha verdadeira forma de pensar. Julgo que a querencia e a consistência devem fazer parte da nossa simples e humilde existência. Estarei errada talvez, mas só assim sei ser eu, só assim me identifico com a logica das coisas, só assim liberto o pesadelo da injustiça. Como qualquer ser normal, que vive integrada na sociedade tenho direito a indignação quando observo determinadas situações. Assuntos melindrosos tratados com tamanha leviandade, que me dá vontade de quebrar as regras, deixar o bom senso de lado e intervir. Sim, apetece-me fazer isso ás vezes, mas depois a sabedoria prevalece e deixo que o fogo alastre. Quando digo fogo, refiro-me á forma como vejo as coisas evoluir, parece um barril de pólvora onde o restilho já arde e que a qualquer momento explode. 

 Sou crente, acredito num Deus superior, revejo-me numa religião onde a verdade, a fraternidade, a igualdade, o bem, a partilha, a alegria, o aconchego e a conciliação são bandeiras. Revejo-me seguidora de um Cristo Nazareno de pés descalços, um Cristo conciliador de portas abertas na simplicidade de qualquer Sinagoga. Assim se constrói a minha Fé, assim almejo ser fiel ao meu Deus, sem mentiras, sem discórdias e sem guerras.  

Vivemos dias turbulentos onde a Religião é a motivação e ate posta em causa, paradoxos de uma sociedade sem regras, sem bases solidas neste mundo desestruturado. 

  Deparo-me com atitudes verdadeiramente condenáveis, com formas de estar que em nada enaltecem as instituições que deviam ser ponto de referência, primeiros exemplos, verdadeiros monstros conciliadores, numa sociedade onde é urgente ser pilar. 

 Isenção precisa-se. 

 Acredito na lei do retorno, portanto devemos semear o bem para que ele germine, porque quando semeamos o mal ele germinará também e não podemos esperar dos outros aquilo que nós não fomos capazes de dar. Sim, a culpa é das pessoas, dos seres humanos malabaristas, os tais que tao de pressa estão no passeio como na estrada, os tais que rezam e criticam, os tais que inflamam e apaziguam, os tais que mentem dizendo falar verdade. Por muito que eu tente não arranjo adjetivos para os qualificar, mas uma coisa eu sei, não são boas pessoas, não são pessoas com mentes saudáveis capaz de transmitir boas energias, capaz de conciliar, porque onde o controverso existe a verdade é sempre dúbia. Precisamos de verdades, hoje mais que nunca, precisamos de ver que as coisas vão mudar para melhor, precisamos sobretudo de voltar a acreditar. O processo para reaver créditos é longo e sobretudo muito vigiado, qualquer passo em falso é posto em causa. É urgente repensar atitudes, gerir com inteligência e perspicácia a conciliação, largar influências negativas e interesseiras num caminho de sabedoria e verdade…….

 Espero o contágio, para que aos poucos a retoma seja feita em caminhos felizes, e esta sensação de esperança moribunda deixe de existir. O caminho da verdade e da vida é alimento dos mais fracos, é esperança de quem acredita num mundo melhor, só assim faz sentido.  

Clara Correia

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