Idealizamos em pessoas que nos rodeiam, pequenos Cristais,
peças raras e valiosas, simples e singelas, mas com um valor inimaginável.
Soltamos brados em defesa das nossas esperanças, gritamos ao vento, sim, este
ar é bom…!
Meu Deus, quantas vezes nos enganamos, quantas vezes vemos o
cristal partir, e somos feridos com uma espécie de esfinges de vidro, que
massacram e ferem sem dó nem piedade.
Tentar encontrar peças valiosas que não partam, nem firam quem
as rodeia, sem dó nem pensar é um caso raro. A humildade desaparece, quando as
luzes ofuscam as almas e engrandecem o orgulho. A esfinge ganha asas e corrói
as entranhas de um anjo. Pena, muita pena, pois o sonho esvai-se, a desilusão
magoa, a realidade é visível.
E assim se quebram magias, assim nos consciencializamos que
o mundo é redondo e ninguém é perfeito. O cristal passa a ser uma peça de Bordalo
Pinheiro, tosca, grosseira, mas resistente. Magica com suas curvas e fraquezas
no Olhar, mas consciente. Consciente que a magia se vai tal como no filme: E
tudo o vento levou…